Anfavea aponta que, mesmo assim, setor deve alcançar as projeções feitas para o anoPublicado em 08/12/2022 A escassez de semicondutores impediu neste ano a produção de cerca de 250 mil veículos no Brasil, equivalentes a dois meses de atividade. O problema ainda vai persistir durante o primeiro semestre de 2023. A informação foi confirmada durante entrevista coletiva realizada na quarta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)."O mesmo veículo que era fabricado dois anos atrás tem hoje mais conectividade e uma dependência maior de semicondutores, e por isso é afetado pela limitação de produção”, recorda o presidente da Anfavea, Márcio Leite. "Ainda não temos uma projeção para o ano que vem, mas acreditamos que a maior limitação em 2023 estará na produção de veículos e não na demanda”, afirma o executivo. As dificuldades afetam também as linhas de caminhões e ônibus. "A instabilidade na cadeia de produção permanece alta e as equipes de logística e compras das montadoras continuam se desdobrando para entregar as encomendas aos clientes”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Em novembro foram produzidos 215,8 mil veículos (na soma de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), indicando alta próxima a 5% sobre outubro, que também teve 20 dias úteis. No acumulado do ano foram fabricados 2,18 milhões de veículos, resultando em crescimento de 6,9% sobre os mesmos meses do ano passado. A projeção de 2,34 milhões de unidades para 2022 tende a ser cumprida ou ligeiramente superada pela indústria nacional com a soma de dezembro, já que faltam menos de 162 mil unidades. México, Chile e Colômbia turbinam exportações Segundo a Anfavea, o envio de veículos para o México superou os embarques para a Argentina pelo segundo mês seguido. "No acumulado até novembro, as exportações para o México cresceram 46%, com 25 mil unidades a mais. Os embarques para o Chile cresceram 65%, com mais 21 mil unidades no período. A Colômbia também já absorveu este ano 21 mil unidades a mais e registrou alta de 43%”, afirma o presidente da Anfavea. "Já a Argentina perdeu relevância. Ela continua sendo o principal destino, mas sua participação caiu de 36% para 29%”, afirma Leite. De acordo com o executivo, no acumulado até novembro a Argentina absorveu 6 mil unidades a mais que em iguais meses de 2021, mas sua participação recuou diante do aumento da relevância de outros países. De 2021 para 2022 a fatia do México cresceu de 16% para 18%; a da Colômbia de 14% para 16%; e a do Chile, de 10% para 12%. No mês de novembro o Brasil enviou ao mercado externo 43,4 mil unidades entre veículos leves e pesados, registrando alta de 1,6% sobre outubro, que já havia sido forte por um represamento nos embarques do mês anterior. No acumulado do ano foram exportados quase 450 mil veículos, que equivalem a 20,6% da produção local. |
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Fonte: Automotive Business