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Com preço mais baixo, alumínio reciclado ganha espaço nos carros nacionais

Publicado em 22/03/2022

A aplicação do alumínio tem crescido nos veículos produzidos no país, muito em função da relação direta que há entre suas propriedades e o aumento da eficiência energética veicular. Diante do quadro, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), uma das maiores produtoras locais do insumo, investiu para ter mais capacidade de produção de alumínio reciclado.

O material, como o nome sugere, tem origem no aproveitamento de itens feitos em alumínio, uma forma mais barata e se produzir o metal leve. O alumínio primário, como é chamado o metal em estado puro a partir do beneficiamento da bauxita, tem um custo mais elevado de produção porque envolve no processo a aplicação de eletricidade. O reciclado, portanto, é uma alternativa para a indústria a um preço menor.

“Sua aplicação tem certas restrições quando se fala em peças estruturais de veículos, por exemplo, que requerem uma dureza maior. Por outro lado, o alumínio reciclado, por suas características, pode ser aplicado na manufatura de peças e componentes”, disse Alexandre Vianna, diretor-executivo da companhia. “A tendência é de aumento da sua participação na construção de veículos.”
A aposta da empresa no segmento redundou na aquisição do controle da Alux do Brasil, fornecedora de ligas secundárias com produção em Nova Odessa (SP). A compra de 80% da companhia, anunciada no ano passado, foi concluída em 31 de janeiro. A aquisição viabilizou à CBA, além de aumentar em 20% a sua produção do alumínio reciclado, o acesso a uma carteira de clientes ligados ao setor automotivo.


Preço do metal aumentou em 2022

De acordo com os dados mais recentes da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), datados de 2020, o setor de transportes, que também inclui as demandas do setor automotivo, foi responsável por consumir 13,2% do alumínio produzido no país naquele ano, a terceira maior fatia atrás do setor de componentes elétricos e do setor de embalagens, o que mais consome o insumo no Brasil.

As aplicações do alumínio secundário representam de certa forma um desafogo às pressões que o preço do alumínio primário exerce na cadeia automotiva. Após a eclosão do conflito Ucrânia-Rússia, a cotação do metal na Bolsa de Londres chegou ao maior valor dos últimos treze anos, valendo mais de US$ 3,5 mil/tonelada naquele momento.

“Diante do contexto de aumento dos preços as empresas do setor automotivo, sobretudo as que produzem rodas e peças a partir de perfis do metal, passaram a considerar um maior porcentual de aplicação do alumínio secundário em seus produtos”, contou Vianna. De acordo com ele, no Brasil a aplicação do alumínio reciclado no setor gira em torno de 15%. Nos Estados Unidos, por exemplo, a fatia já chega a 50%.
Com preço mais baixo, alumínio reciclado ganha espaço nos carros nacionais

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Fonte: Automotive Business

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