Fabricantes de veículos esperam que tempo de vigência dos incentivos seja de no mínimo um anoPublicado em 26/05/2023 O pacote de medidas que deve viabilizar veículos mais baratos no Brasil, parcialmente apresentado na quinta-feira, 25, por interlocutores do Governo Federal e da indústria, foi bem recebido pelas montadoras.Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da associação que representa as fabricantes, a Anfavea, a possibilidade de renúncia fiscal agrada, e ainda há expectativa em torno do tempo de vigência dos incentivos. "Neste momento o que está sendo discutido é o tamanho da renúncia. Ela pode variar um ano, este é o pleito da indústria, mas o governo está fazendo as suas contas", disse Leite durante evento realizado na sede da Fiesp, em São Paulo (SP). Os 12 meses, sob a ótica das montadoras, são estratégicos para as fabricantes pelo menos por duas razões mais aparentes: tempo hábil para articular investimentos com as matrizes e, também, para preparar lançamentos que se enquadram nas especificações do governo – que versam sobre preço, eficiência energética e nível de contéudo nacional de componentes. "Lembrando que alguns modelos podem, inclusive, ser lançados pelas montadoras neste período. Montadoras que não tinham um modelo nesse segmento [também] podem perfeitamente fazer um lançamento para atender ao consumidor", contou o presidente da Anfavea. O Ministério da Fazenda pediu 15 dias para apresentar um modelo tributário definitivo para o pacote do carro popular, mas o consumidor já poderá fazer nas concessionárias reservas de veículos com vistas a esses benefícios futuros. "Hoje, na reunião, conversamos com a Fenabrave e a ideia é de que haja um mecanismo que possa permitir uma pré-venda de veículos já dentro desse contexto do pacote de medidas, uma vez que já se sabe mais ou menos o que se pode esperar em termos de redução fiscal", contou Leite. A respeito da concessão de crédito, um dos pilares do pacote do carro popular, o presidente da Anfavea informou que hoje, na reunião em Brasília, foram mantidas discussões com Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil. O papo girou em torno da criação de linhas de crédito mais acessíveis e não avançou mais do que isso. Por fim, o representante das montadoras falou a respeito do processo de homologação dos modelos que venham a ser contemplados pelo pacote de incentivo fiscal. Os trabalhos de coleta de dados e de certificações ficariam nas mãos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e também de entidades como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e o Inmetro. |
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Fonte: Automotive Business