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Segundo semestre forte

Publicado em 12/09/2019

Pelo terceiro mês consecutivo, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) registrou índices que indicam melhoria na produção acumulada do ano. Comparando o período de janeiro a agosto, em 2018 e 2019, nota-se um crescimento de 2,0%, correspondente ao aumento de 1,97 milhão de automóveis fabricados no ano passado, contra 2,01 milhões neste ano. No setor de caminhões e ônibus, a melhora foi ainda melhor: 10,7%, índice equivalente a números como 68,1 mil veículos e 77,0 mil, respectivamente. Além de celebrar o movimento ascendente, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, destacou os números mais expressivos e voltou a falar sobre a necessidade de diminuir o Custo Brasil, desta vez explorando as diferenças entre os vários acordos de comércio exterior que o País participa ou negocia.

“Apesar do aumento nas exportações para a Colômbia e para o México, essa melhoria ainda não compensa a queda de exportação para o nosso principal mercado externo, a Argentina. Temos registros históricos que comprovam a melhora de vendas no segundo semestre, tendência que será reforçada pela onda de lançamentos que acontecerá nos próximos meses”, completou.

Com relação à Argentina, Moraes ponderou sobre a necessidade de entender a situação do país vizinho e caminhar para um acordo de livre comércio, pois não faz sentido existir essa condição no acordo com a União Europeia e não com o principal parceiro do setor. Na sexta-feira, um dia após a Anfavea anunciar o relatório de agosto, o ministro Paulo Guedes (Economia) e o ministro de Produção e Trabalho da Argentina, David Sica, assinaram documento onde a isenção de tarifas entre os dois países deverá ser alcançada em 2029, postergação de nove anos, ante o prazo inicialmente estabelecido. Luiz Carlos Moraes explicou a posição da sua entidade.

“Em relação à renovação do acordo comercial entre Brasil e Argentina, a Anfavea acredita que, embora o livre comércio só esteja previsto para entrar em vigor em julho de 2029, esse escalonamento de 10 anos traz um cenário de previsibilidade e segurança jurídica para a indústria automobilística. Durante esse prazo, o incremento contínuo do flex poderá acomodar eventuais flutuações desses dois mercados, até que o livre comércio coloque nosso bloco em linha com outros acordos bilaterais”.

Após a conclusão dos acordos com a Argentina, União Europeia e o EFTA (que reúne Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça), a Anfavea trabalha com o governo brasileiro na negociação de tratados semelhantes com Canadá, Cingapura, Coreia e Portugal e lança olhares para os mercados dos Estados Unidos e Japão. O sucesso dessas negociações, porém, implica a redução de burocracia e cargas tributárias, o chamado Custo Brasil, luta que se torna o estandarte da atual gestão. Paralelamente, há negociações para que o setor de autopeças seja incluído no acordo com a UE em um calendário que atingiria o livre comércio para os componentes de menor valor agregado, ao cabo de uma década e ao fim de 15 anos, para peças de maior valor agregado.

Segundo semestre

Em comparação com o mês de julho, agosto mostrou o aumento do estoque das fábricas (passou de 40 para 42 dias de produção), houve uma queda de 600 unidades sobre os 243,6 licenciamentos registrados pelo Renavam/Denatran em agosto. Já o número de empregos permaneceu praticamente estável (queda de 128.665 postos de trabalho em julho para 128.153 em agosto), consequência direta de demissões na fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, unidade cuja incorporação pelo grupo Caoa começa a demorar mais do que o governo paulista esperava.

Ainda com relação às vendas de automóveis, nota-se aumento de 5,7% (agosto/19-julho/19) na venda de modelos equipados com motor 1.0, algo que pode ser explicado pela renovação de frotas de empresas e pela maior oferta de modelos com motores turbo, o que abre um novo nicho nesse segmento e melhora o valor médio do produto.

No acumulado de vendas do ano, o aumento é ainda mais expressivo: 18,1%. De acordo com a Federação Nacional dos Revendedores de Veículos (Fenabrave), os segmentos mais expressivos do mercado permanecem inalterados: 33,6% do total de emplacamentos realizados de janeiro a agosto deste ano são hatchs pequenos, e 24,3% são modelos SUV, ou seja, 60% do mercado nacional.

Segundo semestre forte

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Fonte: Fenabrave/SP

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