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Conheça 5 indícios de que o uso do carro está em transformação

Publicado em 27/07/2021

O carro representa o sonho de consumo de brasileiros há várias gerações, sobretudo quando olhamos para a população que não está nos grandes centros e que vem aumentando seu poder aquisitivo. E engana-se quem imagina que isso mudou.

Prova disso é que, apesar de as vendas de veículos novos não estarem em alta (até por conta da falta de componentes que afeta a produção de várias fabricantes), o mercado de seminovos e usados está mais aquecido do que nunca, mantendo os números do setor lá em cima. Segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), quase 5,5 milhões de automóveis de passeio e comerciais seminovos e usados foram comercializados no país até junho de 2021.

O número representa um crescimento de 62,8% em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando o país já estava sob os efeitos do coronavírus. Frente a 2019, quando o mercado de seminovos vivia um momento positivo sem a pandemia, o incremento foi de 6,4%.

Além do preço mais acessível, as condições de financiamento mais amigáveis fazem com que muita gente troque o sonho de adquirir um veículo 0km por um seminovo.

Só que, embora ainda seja um objeto de desejo para muita gente, a definição de uso do carro nunca esteve tão sujeita a mudanças.

Além dos aplicativos de transporte, algumas empresas oferecem novos modelos de negócio, como o carro por assinatura. Basta pagar uma mensalidade e o cliente pode rodar de carro novo sem arcar com gastos como custos de revisão, seguro e IPVA. O aluguel de curto prazo e outros serviços de compartilhamento também ganham mais e mais adeptos.

De olho no crescimento dos serviços de mobilidade urbana e nas tendências da sociedade, listamos a seguir cinco indícios de que, apesar dos altos índices de vendas e a contínua procura pela posse de um veículo, o conceito de uso do automóvel também pode consolidar ainda mais alternativas de mobilidade para os próximos anos.

1) O CARRO SEGUE EM ALTA MESMO PARA QUEM NÃO DESEJA POSSUIR UM

Provavelmente você já deve ter ouvido que as novas gerações perderam o interesse pelo automóvel. Dados divulgados pelo Departamento Nacional de Tra?nsito (Denatran) em 2020 mostram que as emisso?es de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para condutores na faixa dos 18 a 21 anos tiveram queda superior a 20% em três anos.

Esses números não significam que a maioria dos jovens despreza o carro - pelo contrário. A verdade é que muitos apenas não enxergam necessidade de possuir um, principalmente em grandes centros urbanos. Entre os motivos principais está o custo para manter um automóvel. Incluem-se aí outros tipos de despesas, desde manutenção até custo com estacionamento e combustível.

Assim, muitos deles preferem a praticidade dos serviços de mobilidade. Além dos aplicativos de transporte por automóvel, como a Uber, o uso de bicicletas compartilhadas também se destaca nos centros urbanos, seja na composição com outros modais de transporte nos deslocamentos casa-trabalho, na prática esportiva e de lazer ou ainda em serviços de entrega.

2) CARSHARING GANHA FORÇA NO PAÍS

O serviço de compartilhamento de carros existe há anos em alguns mercados da Europa. Essa nova modalidade ainda não é tão popular no Brasil, mas o cenário deve mudar rapidamente.

Além de poder usar o veículo apenas de acordo com a necessidade, algumas empresas vão disponibilizar até frotas de veículos elétricos.

Existem duas modalidades de serviço: o round trip é aquele em que o usuário precisa devolver o carro no mesmo lugar onde retirou. Já o one way trip permite que o motorista encerre a viagem em um ponto diferente de onde ela foi iniciada.

Este último modelo foi escolhido por empresas como o Itaú, que lançará neste ano o vec, serviço de compartilhamento de veículos movidos a eletricidade.

3) POSSE AINDA DOMINA, MAS ASSINATURA GANHA FORÇA

Existe uma parcela de clientes que mudou ou considera migrar para os serviços de assinatura de veículos. Um levantamento realizado pela Similarweb, plataforma de inteligência de mercado global, apontou que as visitas a sites das plataformas de aluguel de carros no Brasil saltaram de 7,7 milhões (entre abril e maio de 2020) para 12 milhões no mesmo período de 2021.

No modelo de assinatura, o cliente escolhe o tempo de contrato (que varia de 12 a 48 meses) e a franquia de quilometragem rodada por mês - normalmente de 1.000 km a 3.000 km. A partir daí, ele precisa apenas pagar uma taxa mensal, sendo que todos os custos de manutenção e documentação estão inclusos na mensalidade.

A assinatura é uma boa alternativa para quem não possui carro e não tem dinheiro suficiente para dar o valor de entrada em um veículo”, diz Fernando Trujillo, da IHS Markit.

Marcelo Pereira, diretor da Ipsos, aponta um público-alvo claro para o serviço de assinatura de veículos.

“Pessoas com perfis mais arrojados, que trabalham com aplicações em bolsas de valores, e que não tenham apego ao veículo como posse, podem concluir que vale a pena vendê-lo e abrir mão de alguns fatores em nome desses benefícios”.

As grandes empresas também olham o novo modelo com bons olhos.

“Os donos de negócios podem avaliá-lo como um serviço extremamente vantajoso por deixar de ter o valor imobilizado do carro e toda a depreciação que ele vai sofrer no período, além de livrar-se dos custos de manutenção, como seguros e impostos. Assim, o empresário pode investir o capital para outros fins, inclusive em aplicações”, pondera Marcelo.

4) SEMPRE DE CARRO NOVO

Tem gente que fica com um mesmo carro por muitos anos. Para essas pessoas, vale mais a pena comprar o automóvel do que alugá-lo, especialmente se o negócio incluir pagamento à vista.

Já quem prefere (ou pode) trocar de carro em pouco tempo encontra uma boa opção nos serviços de assinatura.

“Existe a praticidade de trocar de veículo mais rapidamente caso ele prefira um modelo mais novo ou simplesmente tenha enjoado da cor”, lembra Marcelo, Ao término do contrato com a prestadora do serviço, o cliente pode optar por adquirir o veículo ou trocá-lo por um modelo mais novo e/ou mais sofisticado.

Quem opta pela locação de carros usufrui de uma maior versatilidade, já que pode alugar o veículo de acordo com sua necessidade.

Se a ideia é rodar apenas na cidade, um hatch compacto mais econômico é a escolha ideal para gastar menos. Caso queira viajar com a família no feriado, o cliente pode escolher um veículo maior.

5) PROTEÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19

O coronavírus fez com que o automóvel deixasse de ser apenas um meio de transporte. Ele se tornou uma alternativa segura contra as aglomerações no transporte público.

Uma pesquisa recente feita pela 99 em cinco capitais indicou que o uso deste tipo de serviço cresceu 75% entre as classes mais pobres. Em contrapartida, o número de corridas entre os grupos sociais mais abastados caiu 54% por conta da possibilidade de trabalho remoto.

O Covid-19 também fez o automóvel voltar a ser cobiçado por quem preferia meios de transporte mais baratos, como ônibus e metrô.

Um levantamento feito pela Globo em outubro de 2020 com 400 pessoas que não têm carro das classes A, B e C, de todas as regiões do País, apontou que 39% dos entrevistados pretendem comprar um automóvel, sendo 22% deles entre o fim deste ano e o decorrer de 2021 e 17% a partir de 2022.

Para 55% dos entrevistados com intenção de comprar um veículo, o principal fator motivador é trocar o transporte público pelo individual.
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Fonte: Automotive Business

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