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Anfavea ajusta projeção conservadora para 2021

Publicado em 11/01/2021

Após um ano que terminou melhor do que indicavam suas projeções feitas em outubro passado, a associação dos fabricantes (Anfavea) calculou suas estimativas para 2021 com expectativa de crescimento em vendas domésticas, produção e exportações, mas divulgou na sexta-feira, 8, previsões mais conservadoras do que indicou o desempenho mais acelerado no fim de 2020, quando alguns resultados apresentaram performance até melhor do que dezembro de 2019.

Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, o otimismo com este ano está moderado por incertezas e problemas ainda colocados adiante, a começar pela própria pandemia de coronavírus, que está longe do fim e ainda demora a ser debelada por programas de vacinação que devem se estender por todo o ano até 2022.

Feito o balanço de fatores favoráveis e desfavoráveis, a Anfavea projeta mercado interno este ano de 2,37 milhões de veículos (somados automóveis, utilitários leves, caminhões e ônibus), o que corresponde a crescimento de 15% sobre 2020 – a projeção é bastante próxima à divulgada pela associação dos distribuidores autorizados, a Fenabrave, no início da semana.

As exportações devem continuar em ritmo lento devido aos problemas enfrentados pelos principais países de destino de veículos brasileiros (especialmente a Argentina), com expansão esperada de apenas 9%, para 353 mil unidades.

Embalada pelas vendas domésticas e sem ameaça de fechamento de fábricas no horizonte visível (como ocorreu por dois a três meses no ano passado), a entidade estima que a produção vai avançar 25%, para 2,52 milhões – o que equivale à metade da capacidade instalada de 5 milhões/ano e ainda 14,4% abaixo do total produzido em 2019 (2,94 milhões).

“A expectativa de imunização trouxe um sentimento de confiança e isso melhora o cenário, mas a pandemia ainda pode paralisar setores, existem riscos econômicos, como alta dos custos e do desemprego. Por isso preferimos ser mais conservadores na primeira projeção para 2021”, explicou Luiz Carlos Moraes.  

O presidente da Anfavea admitiu que em dezembro as expectativas eram um pouco melhores do que as divulgadas agora, com projeções mais otimistas – alguns presidentes de montadoras chegaram a projetar mercado de 2,4 milhões a 2,5 milhões em 2021 –, mas alguns acontecimentos no fim de 2020 fizeram a entidade reajustar as estimativas para baixo. O crescimento de casos e mortes pela Covid-19 foi um dos fatores negativos. Outro foi o aumento do ICMS sobre veículos novos e usados em São Paulo, decretado pelo governo Doria em 31 de dezembro (leia aqui).

“O Estado representa 50% das vendas de usados e 25% dos emplacamentos de zero-quilômetro, por isso o impacto da elevação do imposto afeta o resultado do mercado. Depois do decreto que aumentou o ICMS em São Paulo precisamos fazer um ajuste na nossa projeção para o ano”, reconheceu Moraes.

Anfavea ajusta projeção conservadora para 2021

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Fonte: Automotive Business

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