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Disputa das marcas no segmento de SUVs aumentará em 2021

Publicado em 22/10/2020

Todas as dificuldades geradas pela pandemia não impediram que o consumidor brasileiro fosse tentado com vários lançamentos de veículos no transcorrer de 2020, mas principalmente de SUVs. Chegaram às revendas pelo menos nove novas alternativas nacionais e importadas, das faixas de preço mais em conta às mais caras. As principais, com produção local, como GM Tracker, Volkswagen Nivus, Tiggo 8 ou o face-lift do Renault Duster.

Essa avalanche de SUVs em um ano de forte queda do mercado só serviu para acirrar ainda mais a briga pelo segmento que mais cresceu na última década, já é o maior do mercado interno, com 32% das vendas de automóveis, e que demonstrou resilência como nenhum outro, ao recuar 18,6% no acumulado até setembro, enquanto as vendas de todos os modelos de automóveis despencaram 34,6%.

A Fenabrave prefere relacionar 40 modelos no ranking de mais vendidos, mas o número de SUVs em oferta supera a casa da meia centena. E muito mais vem por aí. Sem os tortuosos meses de pandemia que forçaram a postergação de  lançamentos desde abril, 2021 deve ser palco de lançamentos de pelo menos duas dezenas de utilitários esportivos ou de modernização de modelos já conhecidos.

Participação por marca em  SUVs (%)

Estão prometidos, por exemplo, o primeiro Fiat, um Jeep nacional de 7 lugares, além das versões  híbridas plug-in do Renegade e Compass, os inéditos Volkswagen Taos e Toyota Cross, o Renault Captur com motor turbo, as segunda geração do Peugeot 2008 e profundo face-lift do Nissan Kicks, além do Ford Escape. Isso apenas para ficar nos modelos de maior potencial de vendas.

Com essa cardápio e a consolidação da oferta dos produtos que chegaram às concessionárias este ano, em meio à retomada da produção e das vendas, passa a ser um exercício e tanto imaginar como ficará o ranking das marcas no segmento.

Há, contudo, alguns bons indicadores de quem, dentre as marcas mais destacas, poderá se dar bem ou ter maiores dificuldades. Hoje com 20,2% de penetração, a Jeep terá boas armas para sustentar sua liderança estabelecida desde meados da década e tentar barrar a vertigionosa ascensão da Volkswagen.

Há apenas dois anos, antes de sua "ofensiva de SUVs" alardeada para todo o planeta, a marca alemã conseguia somente 1,1% das vendas do segmento no Brasil com o mexicano Tiguan. A introdução em 2019 do T-Cross, agora o SUV mais vendido, e mais recentemente do Nivus catapultaram a participação para 15,7%!

E com o argentino Taos, definido para o segundo trimestre, a montadora terá um produto ainda mais adequado para brigar diretamente como Compass, responsável por 48% das vendas da Jeep.

O lançamento do Tracker nacional foi decisivo para a GM quase triplicar sua penetração: de 201. Se encerrou o ano passado com 3,7%,  acumula 10,3% após os nove primeiros meses de 2020 e ultrapassou a Hyundai (9,9%), cujo principal modelo aqui, o Creta, ingressará em seu quarto ano de mercado e ainda aguarda a segunda geração já oferecida na Ásia.

A Honda, quinta colocada com 8,1%, acaba de promover apenas uma discretíssima atualização do WR-V e não deve ter um novo HR-V, seu SUV mais vendido aqui, antes de 2022. Dificilmente, assim, revertará a curva descendente, iniciada em 2015, quando liderou as vendas com mais de 17% de penetração e o HR-V, recém-lançado, foi o utilitário esportivo mais vendido, assim como no ano seguinte.

Não é o caso da Nissan (7,5%), dependente somente do Kicks, que, uma vez renovado, pode voltar a atrair o interesse do consumidor de SUVs compactos. Lançado em 2016, o modelo chegou a ser o quarto mais vendido em 2018 e 2019, mas aparece agora na sexta colocação. Como ajuda extra nos negócios,  a Nissan deve ainda contar com a mais nova geração do X-Trail, importado que brigará entre os SUVs médios.

Expectativa de voltar a melhores dias no segmento também tem a Renault. O recente face-lift do Duster e do Captur, esperado para a metade do ano que vem, serão acompanhados do novo motor 1.3 TCe flex de injeção direta e 150 cv de potência. A substituição do atual 1.6 deve  corrigir o modesto desempenho dos dois SUVs, uma das principais deficiências dos  Renault diante dos concorrentes direto.

Disputa das marcas no segmento de SUVs aumentará em 2021

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Fonte: Fenabrave

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