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Vendas de Implementos Rodoviários | Janeiro-Setembro 2020

Publicado em 13/10/2020

Varejo bate recorde em meio à pandemia.

O auxílio emergencial e as mudanças nos hábitos de consumo provocadas pela pandemia criaram uma espécie de bolha de crescimento dentro da crise econômica na qual o País mergulhou. O varejo registrou em agosto seu quarto crescimento consecutivo - desta vez, de 3,4% em relação a julho. Com isso, o setor superou em 8,2% o patamar de fevereiro, antes da chegada da covid-19. E, mais ainda, alcançou, no mês de agosto, o maior volume de vendas de toda a série histórica do IBGE, iniciada em janeiro de 2000.

Esse crescimento, porém, não é regular. As vendas de móveis e eletrodomésticos estão 24,2% acima do patamar pré-pandemia. As de materiais de construção, por sua vez, superam em 19,2% esse nível. Mas o desempenho do segmento de automóveis vai no sentido contrário: está 12,9% abaixo de fevereiro. E as vendas de livros e materiais de papelaria estão quase 40% menores que antes da pandemia.

Para a analista Isabela Tavares, da Tendências Consultoria, é surpreendente que a atividade tenha atingido o maior patamar da série histórica em meio à pandemia e a uma crise econômica inédita. Ela diz que o desempenho é resultado de um bom mix de programas do governo, que elevaram a renda e mantiveram empregos formais, e da restrição ao consumo de serviços por causa do distanciamento social. Como ninguém está gastando com salões de beleza, academias de ginástica ou cinemas, sobra dinheiro para a compra de comida, eletrodomésticos ou materiais de construção.

Essa configuração do consumo tem beneficiado também a indústria, que apresenta uma recuperação consistente nos últimos meses - embora, como no varejo, não espalhada em todos os setores. Mas prejudica os serviços, que são parte importante do PIB e têm tido uma recuperação muito fraca. Para Daniel Silva, economista da Novus Capital, essa é uma dinâmica que deve se manter nos próximos meses.

Para o mercado, apesar da surpresa positiva com o resultado do varejo, a principal fonte de incerteza para o restante do ano vem da redução da parcela mensal do auxílio emergencial, de R$ 600 para R$ 300. Segundo Luana Miranda, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a tendência é que, mesmo reduzido à metade, o auxílio leve a um crescimento real nos rendimentos da população no quarto trimestre, o que manteria o varejo com desempenho positivo. A maior dúvida é a virada para 2021, quando os benefícios devem ser extintos sem que o mercado de trabalho tenha se recuperado o bastante para que haja uma retomada da renda.

"A grande questão é como a economia vai reagir, como o consumo de bens e serviços vai ficar sem esse auxílio e quanto da poupança acumulada vai ajudar a suavizar essa mudança brusca do consumo, inclusive com a incerteza em relação à evolução do mercado de trabalho", disse Luana.

• Sem o auxílio "A grande questão é como a economia vai reagir, como o consumo de bens e serviços vai ficar sem esse auxílio (emergencial). "
 Luana Miranda ECONOMISTA DO IBRE /FGV.

    

Vendas de Implementos Rodoviários | Janeiro-Setembro 2020

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Fonte: Fenabrave

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